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P!nk - Who Knew (Download)
- Até que o cara é bonitão, mas nossa relação é apenas profissional. O pai se aposentou e agora ele cuida dos negócios da família. - Disse Jessie à Carly - sua amiga meio alcoolatra.
No dia seguinte completaria um mês no novo emprego. Era secretária particular de um jovem advogado; uma fonte de renda até conseguir um emprego decente como redatora chefe de uma grande revista feminina. Jessie se despediu de sua amiga levemente embriagada, e correu do bar para casa, determinada a dormir o máximo possível.
Acordou no mesmo horário de sempre, se vestiu e esquecera de tomar café. Chegou dez minutos adiantada, e logo em seguida recebeu Chris.
- Bom dia Jade! - Ela apenas sorriu ao invés de corrigir o nome.
Naquela mesma tarde, Chris recebera outros advogados para uma reunião. Jessie foi instruída a não interrompê-lo por nada. Ela anotou recados, atendeu ligações - algumas eram trotes - e ao ver o chefe saindo da sala de reuniões, correu para passar os recados.
- Sr., sua mãe telefonou há meia-hora; disse que seu pai teve dores na coluna e por isso levou-o para o hospital da cidade. - Jessie sorriu gloriosa.
- Como? - Ele gritou. - Por quê diabos não me avisou?
- Por que fui instruída a não interrompê-lo.
- Mas é um caso de emergência Jade.
- Não senhor, seu pai está melhor. Sua mãe disse que está apenas aguardando resultados de exames.
- Como pôde ser tão irresponsável? - Ele parecia furioso.
Irresponsável? Quem aquele filhinho de papai pensara ser? Jessie segurou-se para não ofendê-lo.
- Um próximo erro e terei que demití-la! - Ela se cansou das ameaças.
- Nesse caso não se preocupe. Estou me demitindo!
Jessie voltou para sua futura ex-mesa, e apanhou seus pertences com vasta agilidade.
- Mas você só começou há uma semana Jade! - Ouviu-o gritar.
- Meu nome é Jessie, e hoje completo um mês de serviço. Sinto-me vitoriosa por tê-lo suportado tanto tempo.
Ela agora se lembrava das broncas que ele lhe dera por não servir água com gelo, quando fora ele quem quebrara a forma de fazer gelo com raiva de um cliente. Lembrou-se de outras ocasiões onde quis jogá-lo pela janela.
- Tchau! - Ela berrou com o rosto quente.
Jessie estava próxima da estação de trem quando olhou para trás, e avistou aquela criatura alta e bronzeada correndo.
- Deixe-me pelo menos levá-la até em casa.
- Obrigada, mas não sou digna de uma carona sua!
- Então posso ser digno de acompanhá-la na viagem de trem?
Jessie o convidou para entrar na casa - apenas por educação. Jessie ofereceu-lhe café - apenas por educação. "Ele não sabe dizer não?", pensou emburrada.
- Desculpe minha estupidez. Não tenho tanta facilidade no trabalho como meu pai. Por favor não pense que sou egoísta e idiota.
- Você é! - Ela retrucou amarga.
- Como?
- Não sou mais sua empregada, posso tratá-lo como eu quiser!
Chris paralisou. De repente percebera uma mecha dourada saindo do coque no alto da cabeça de Jessie. Percebera seus olhos grandes e desconfiados, percebera a segurança em sua postura e voz.
- Nunca reparei no quanto é bonita.
- Você nunca repara... em nada; além de você mesmo, claro!
- Jessie, por favor. Não tenha essa imagem de mim.
- Como posso não...?
Depois de finalizado o beijo, ela suspirou.
- Talvez eu possa mudar minha opinião sobre você.
- Volte ao trabalho amanhã, sim? - Ele sorriu, e ela o imitou.
Nas próximas semanas da eternidade, ele a acompanhou de trem até em casa. E só pensava em ir embora na manhã seguinte.
Gostei da história, vc tava bem inspirada quando escreveu né?
ResponderExcluirTambém curti a música.
http://blogtrashrock.blogspot.com/
Acho que eu tava mais intediada do que inspirada Mah, uahsuahs. Que bom que gostou (:
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