segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Amarga Lembrança XVIII


Eu não vou mentir, comecei a tremer; para piorar minha situação ele percebeu, como também percebeu que respondi aquele beijo, sem exitar em momento nenhum. O mais hilário é que ele tocou meu rosto, e ali eu senti ternura misturada com desespero! Para mim era como se ele quisesse me tomar nos braços e me agarrar feito doido, mas ao mesmo tempo tinha medo de me assustar, e mais alguma coisa que não pude definir. De qualquer maneira, quando eu percebi que aquele beijo estava chegando ao fim, comecei a me perguntar loucamente como eu deveria reagir; pensei em um tapa muito bem dado na cara dele, mas seria errado pois também o beijei. Imaginei que ele não aguentaria minha loucura, e realmente iria embora da minha vida se eu saísse correndo de novo. Então resolvi ficar; quando abri os olhos ele me fitava sério, parecia pensativo ou até me arrisco a dizer... sem crença no que acabara de acontecer. Rapidamente virei meu olhar para o mar, realmente não sabia o que fazer ou falar, então novamente esperei. Eu realmente acho que precisaria parar com essa coisa de nunca tomar iniciativa, mas as vezes eu até tento só que acabo travando. Como numa hora dessas, depois de um beijo muito bem dado se eu abrisse a boca o máximo que sairia seriam gaguejos, ou eu começaria a falar rápido demais de forma que ele não entenderia nenhuma palavra, e me pediria para repetir, o que me deixaria com uma cara (ainda maior) de taxo! Desisti de falar.
Foram bons e longos minutos olhando para o mar, para falar a verdade o tempo nunca demorou tanto para passar. Parece que quando temos um problema, todos ao nosso redor julgam esse um problema pequeno, e rapidamente encontram uma resposta para nossas duvidas. Mas quando corremos feito loucos atrás dessa resposta, parece que o mundo se empenha a escondê-las de nós; de qualquer forma o silêncio foi quebrado por ele, como sempre!
- Desculpe! - Depois disso pude vê-lo com as duas mãos sobre a cabeça.
- Tá me pedindo desculpas por ter me beijado? - Eu não sei com que forças disse isso, mas disse.
- Não, desculpe por ter te assustado!
- Você não me assustou. - Então ele levantou o olhar em minha direção e sorriu.
E você não vai querer saber o que aconteceu depois... não vai não... caramba, de novo? Tá droga, eu falo! Adam me puxou pela mão na hora, e saiu me arrastando para o calçadão da praia, deu o sinal para o primeiro táxi que apareceu, e deu meu endereço para o motorista. Chegando em casa, eu realmente pensei que ele me deixaria na porta, se despediria com um breve selinho, e hasta la vista! Mas para a minha surpresa, ele ficou de frente para a porta de entrada de mãos dadas comigo, dando indícios de que entraria assim que eu abrisse a porta; então fui em frente! Quando girei a maçaneta, meus pais estavam sentados na sala, assistindo um de seus filmes (antigos) favoritos, aquela coisa bem época de adolescência dos pais. Então limpei a garganta e abri a boca.
- Mãe, pai. Trouxe alguém!
- Boa Tarde! - Adam sussurrou.
Minha mãe logo veio ao nosso encontro para cumprimentá-lo, se apaixonou por ele desde a primeira vez que o viu, na virada do ano! Pedi licença para ir ao banheiro e ver a situação da maquiagem, deixei meus pais conversando com Adam, enquanto eu mesma me perguntava o que estávamos fazendo ali, já que na minha cabeça depois daquele beijo, passaríamos o resto do dia na praia! Quando voltei para a sala de estar, Adam carregava um sorriso no rosto, e observava o vaso com as flores que havia me mandado. Conforme me aproximei, ele me puxou pela mão, e me levou até a saída da casa.
- O que foi isso? - Perguntei curiosa.
- Acabei de fazer algo, quero sua aprovação. - Ele está aparentemente empolgado. Enquanto isso balancei a cabeça, esperando que ele falasse.
- Conversei com seus pais, sobre namorarmos! - Eu engasguei, tossi como louca e senti meu rosto ferver. Ele fez uma expressão surpresa e desanimada.
- Como você fala sobre isso com meus pais, sem me consultar?
- Queria deixar você por último!
- Por último como? - Ele me olhou de um jeito estranho, no fundo dos olhos, como fazia quase todas as vezes em que estávamos sozinhos.
- Namora comigo?

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4 comentários:

  1. Bêzinha, como vc quer que eu me comporte lendo o que estou lendo? É demais para a minha pobre pessoa D: Tenho que colocar para fora a minha euforia de alguma maneira, gritando de preferencia. HAHA
    QUE PEEEEEEEEEEERFEITO, os meus A&M namorando ♥.♥ #MORRI

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  2. Como namorando? Ela nem respondeu ainda! rs, voce é muito desesperada.

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  3. já que a Princesa nao gritou, eu grito :
    AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH QUE LIIIIIIIIIIINDOOOOOOOOOOOOO *----*
    mais perfeito não existiria *-*

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  4. Eu falo pra uma se comportar, e a outra começa a soltar a franga. Mereço né? HAHAHA se comporte menina! s2 que bom que gostou.

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