Mais uma Daquelas Mudanças...

Resolvi me entregar novamente aos contos de fadas; resolvi novamente não desistir do que quero; resolvi não apagar aquilo que já me manteve de pé, ainda que não faça diferença para os demais! Resolvi voltar a crer em histórias mágicas, porque foi antes de acordar para a realidade, que vivi meus momentos mais bonitos, onde tudo girava a minha volta.
Foi acreditando em vidas perfeitas que me baseei na minha; acreditando em monstros bonzinhos que perdi o medo do escuro, sempre tive muita sorte! Nunca me importei com os olhos de cores distintas do chapeleiro, e a torre Eiffel é apenas uma torre, e dai se eu quiser tocá-la? Eu cantaria frente ao espelho se ele ainda estivesse aqui, mas eu ouço minha voz; se os vizinhos protegem seus ouvidos, o que mais importa?
Não me lembro a quanto tempo vivo através de música, não sei o que seria de mim sem ela! Permito que me tirem tudo, menos as cordas vocais e a virtude de ouvir, menos meus dedos que se esticam para deixar um sonho qualquer, mais próximo de mim! Eu não ligo para o perigo, nunca liguei... e você se esconde do quê? O medo persegue quem não o encara nos olhos!
Acredito que se pode tocar piano ainda sem enxergá-lo, triste é saber que o aprendi de um modo tão frio. Percebi que o tempo tentou afastar a essência, mas o que seria de mim sem tal beleza? É através de coisas apenas de meu conhecimento, que aproximo os demais do ato de conhecer aquilo que jamais saberão realmente o que é!
Continuo tão nostálgica, que me lembro de diversos passados o tempo inteiro. Ainda continuo querendo as coisas mais estranhas, que o homem é capaz de desenvolver. E não me importo se minha camiseta preferida, tem o logotipo da Barbie! Cansei de escrever sobre os namoros imperfeitos que só me atrasaram para o tão esperado processo de perfeição.
Mais uma daquelas mudanças ocorreram recentemente, e caso se lembre do meu antigo eu... talvez deva se acostumar com um ego ainda maior! Para dançar uma música agitada, é necessária energia em grande quantidade; e para viver uma vida anormal, é necessária uma mente menos racional. Aí vou eu!