quinta-feira, 31 de março de 2011

Uma Cama Vazia


Estava acostumada a enxergar o mundo sem cor, sem brilho, sem a felicidade que todos diziam sentir. Foi no outono enquanto as folhas caiam, o chão poderia não sumir por debaixo dos meus pés, mas de qualquer forma, nem o sol tinha brilho suficiente para clarear minha visão interna. Por acaso eu estava escondida, abaixo da maior árvore que encontrei; pode parecer melancólico, mas ainda não era depressão. Talvez eu estivesse procurando por algo fora do comum, mesmo sem saber onde isso me levaria.
Eram duas mãos fortes, segurando um famoso e bem-criticado livro, eram olhos perdidos num banco próximo dali.
E como um cego que recupera a visão, eu enxerguei o tom alaranjado das folhas; que faziam o chão brilhar com um simples toque.
A minha cama estava totalmente ocupada; quando a bonita cor da felicidade, começou a me cegar. Eu não havia entendido a importância daquele ser ao meu lado. Ele tinha braços fortes, e as costas largas, ele não me deixava cair da cama no meio de noites chuvosas. Mas a cor bonita da felicidade, me cegou lentamente, e sem reconhecer a fonte de tamanha alegria, eu o deixei partir... Hoje minha cama está praticamente vazia; com ursinhos de pelúcia e eu!

2 comentários:

  1. aaaaaah, que lindo !
    os ursinhos de pelúcia não abandonam ninguém ! *-*
    asuaihsiuahsaihss

    amei o texto mari, lindo s2

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  2. Eles não me abandonam, mas eu acabo abandonando-os de vez em quando, aushaush. Obrigada mandyta =)

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