My Poison

Perdi a vontade de toda aquela euforia, que me fazia sorrir estupidamente enquanto enganava a mim mesma, dizendo a todos que ele sentia o mesmo que eu. Perdi o fôlego com toda a mentira, uma vez que pude sentir dor física depois de descobrir que ele havia ido. E agora eu só me lembro de como brinquei com fogo, eu fui embora quando a noite chegou, dei risada do sentimento que outro coração nutriu por mim, me fiz de desentendida e corri novamente. É sempre assim, o amor parece tudo de mais lindo que você sempre sonhou, mas é traiçoeiro, vingativo e mentiroso; e se você não correr ele te pega, te prende, e te faz sofrer até a última gota do seu sangue cair.
Eu perdi o melhor momento da vida, escapando daquela jaula imunda, eu me arrastei pelo chão sujo, procurando uma brecha daquele sentimento idiota, e só agora percebi o quanto aquilo não me faria falta, nunca fez. Tudo o que restou foi nostalgia, o estrago causado por tudo que eu fingi acreditar, pura ilusão mascarada de necessidade... e o meu espelho só reflete os restos que ele deixou aqui, reflete os olhos vermelhos de tanto chorar que eu curei com a ajuda do tempo, meu querido amigo tempo. A essa altura tudo o que eu senti não faz sentido, para nenhum de nós; e como vai sua família? como vai sua vida? como vai seu coração esperto, que fugiu de mim quando tentei raptá-lo?
E eu continuo aqui, me vestindo de uma personagem numa série qualquer, onde o mundo gira em torno do veneno que cai sobre mim. Alguém me responde porque Blair Waldorf fazia tanta questão, de ouvir da boca de Chuck Bass o quanto a amava? Me poupe, talvez a vilã não seja tão perigosa assim... Querida Cecily von Ziegesar, eu posso ser pior que isso!