sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Por um Fio


"Eu estava prestes a deixá-la ir, e na verdade não me importava com qualquer coisa que a envolvesse. Eu não a amava mais, isso era tão óbvio; mas de repente ela virou as costas, e eu percebi que nada daquilo faria sentido sem aquela pequena garota.
Por quem eu acordaria cedo todas as manhãs, ainda por cima sorrindo? Quem me receberia com um abraço apertado e uma piada sem graça, mesmo em dias tristes? Quem me olharia de longe da forma mais esquisita do mundo, tentando dizer que me ama? Eu preciso dela, não só para acordar cedo, não só para dormir feliz, não só por aquele perfume que tem um efeito estranho sobre mim. Eu preciso dela porque sem isso eu perco o sentido, eu não teria motivações para caminhar incansavelmente, à procura da felicidade; na verdade eu nem preciso caminhar, já que a minha felicidade é ela, e tudo o que me faz sentir quando estamos juntos. De qualquer jeito, em qualquer lugar, eu preciso dela; e saber que somos um do outro, é o que me faz sorrir todos os dias."
Ela não se lembra de onde tirou aquelas palavras, não se lembra aonde as viu. Mas é claro que ninguém como ele escreveria algo semelhante; por mais que ela quisesse, e como queria. Eles estavam por um fio; e ela não sabia como olhá-lo nos olhos novamente, para dizer que ele continuara sendo o amor de uma vida, a dela! E não se lembra de onde tirou aquelas palavras, mas em algum momento livre de ilusão, percebeu que ele jamais escreveria algo semelhante, por mais que ela quisesse, e como queria!
"Que garoto apaixonado, que menina sortuda a qual ele se refere. Porque mesmo isso não acontece comigo?".

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