terça-feira, 21 de setembro de 2010

Pesadelando...


Lembro-me nitidamente que não era de sua vontade continuar ali, eu estava pensando no começo, onde tudo era uma bonita brincadeira. Ele não tinha mais razões para suportar aquela angústia, meu amor era maior que qualquer coisa; e só pude deixá-lo ir. Desesperadamente meu coração batia, os arrepios que de repente apareciam, mostravam-me que a distância entre nós, em algum momento me deixaria louca; ou talvez isso já teria acontecido. Foi a tempestade de ficar sozinha, a chuva caia lá fora, e o som de tudo que eu não queria ouvir, entrava pela janela do meu quarto; tudo tocava nosso retrato, e eu continuava desesperada, arrepiada.
Eu chorei, literalmente! Eu não chorei apenas lágrimas, eu chorei mágoa, eu chorei a dor da perda, eu chorei a medida que a distância aumentava num curto período de tempo. E ele nem se quer olhou pra trás; era nítido todo aquele sentimento ruim. Eu estava estranha, e em qualquer outro dia comum, essa minha estranheza seria normal; mas ele não estava mas ali, ele não poderia mais dizer que os dois estavam estranhos, e me confortar com coisas absurdas, ele não me faria sorrir novamente, sinceramente!
Eu senti bem aqui dentro, aquela mistura de sentimentos corroendo meu coração, e eu não podia fazer nada, absolutamente nada. Eu só chorei, como alguém que simplesmente não tem o mínimo motivo para viver; eu chorei, quando percebi que minha vida não era mais aquele sorriso perfeito, que fazia tudo ficar melhor. Foi quando eu não sabia mais o que pensar, quando eu não sabia o que fazer; nessa hora...
Foi quando o relógio despertou, e eu dei de cara com o nosso retrato. Foi quando eu senti escorrer pelo rosto, água salgada escondendo desespero. Foi quando eu corri para o lugar de sempre, e o abracei com toda força que ainda restava, e percebi que ele nunca foi embora! Porque eu tenho medo, daquela noite escura de repente se tornar minha rotina; eu tenho medo de perceber que ele simplesmente não precisa mais de mim; eu tenho medo de não sentir aqueles braços ao redor da minha cintura; eu tenho medo dele ir embora, e levar tudo o que eu tenho, tudo o que eu sinto. E me sentir vazia, de novo; e de novo!
Não solte minha cintura.

5 comentários:

  1. lindo e profundo. Minha peqena escritora. kk '

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  2. Marina,

    Já disse o qto vc arrasa, né?!
    Extremamente profundos e sensíveis os seus textos... Parabéns!

    Bjooookas e um ótimo dia!

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  3. Nossa, adorei de mais esse blog. parabéns..

    http://lojazart.blogspot.com

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  4. Caaaara, vocês são demais *-* valeu mesmo, pelas visitas e comentários. O blog não seria literalmente nada, sem cada uma de vocês <3

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