quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pequena e Dolorida Distância


Eu odeio acordar cedo, e eu sei que você sabe disso. As vezes eu sou rude, e você sabe disso também. Eu te vejo todos os dias de longe, distante de mim, sem aquele sorriso perfeito no rosto. Você me vê todos os dias de longe, distante de você, com os olhos cheios de ternura esperando seus braços. Eu não queria sentir, ainda não sei se você sente, e eu não tenho culpa de me perder nos seus olhos toda vez que os encontro. Eu queria que você soubesse de cada calafrio que toca meu corpo, quando você aparece, eu queria que você repetisse o único abraço que me deu até hoje, e eu queria dividir com você meus preciosos finais de semana.
Mas quando te imagino com ela tudo some, a desistência me toma por completo. E eu tento renunciar, tento te esquecer e ignorar! Não sei o quão certo ou errado seria essa atitude, não sei se eu conseguiria de verdade. E eu tento te odiar a cada olhar que você lança diante dela, por não se preocupar com a minha presença, ou pelo menos se dedicar num personagem oculto, para que eu deduza isso e sofra com minhas próprias conclusões. Talvez você não me ame, mas sente minha falta quando estou longe, seu olhar te traiu novamente. Mas a desistência me toma por completo, e eu sei que aquele sorriso perfeito vai me levar novamente até você. Sei que esse par de olhos que você diariamente cruza comigo, me fará esquecer toda a renúncia que eu provavelmente não levaria a fundo, e é óbvio que mais uma noite eu vou dormir te amando, esperando que no dia seguinte você me diga algo semelhante!

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